Sonho de criança
Elas brincam o dia inteiro, aprendem coisas novas o tempo todo e ainda contam com a imaginação fértil, que permitem um mundo de ideias e criações na cabecinha .

Na hora de dormir é que as crianças ordenam no cérebro todas as experiências vividas,as aventuras e descobertas do dia e fazem a interpretação do que aconteceu com elas. O resultado pode aparecer em sonhos tão divertidos quanto as brincadeiras em que participaram, ou pesadelos, o que pode interferir na qualidade de sono.
Em nossa série sobre o sono infantil, com a consultoria da Mestre em Pediatria pela Unifesp/EPM, Dra. Renata Borrozzino, vamos falar hoje sobre tudo o que acontece no organismo dos pequenos enquanto eles dormem e como lidar com os sonhos ruíns, que às vezes assustam filhos e pais.

De acordo com a Dra. Renata, enquanto dormimos todos os processos orgânicos, hormomais e psíquicos são reorganizados durante os quatro níveis de profundidade do sono. Na fase 1, temos a sonolência, na fase 2 inicia- se o chamado sono leve e nas fases 3 e 4 é quando entramos em sono profundo. Na criança , esse é o momento em que os hormônios de crescimento e o cortisol estão no auge da atividade e portanto, quem dorme bem, cresce bem. Não é à toa que nos primeiros meses de vida um bebê dorme cerca de 17 horas ao dia.
Existe ainda uma fase conhecida como sono REM, em que ocorrem os movimentos oculares rápidos e costumam acontecer os sonhos. Essas fases se alternam durante toda a noite constituindo um ciclo. Enquanto o sono profundo ajuda a crescer, o sono REM auxilia no amadurecimento e na reorganização psíquica.
Mas o que fazer se os sonhos da criança são capazes de interromper o sono? Os pesadelos trazem a sensação de medo e angústia e aparecem em consequência de uma experiência desagradável vivida naquele dia .

É como se o subconsciente da criança fosse resolver durante a noite o que se passou com ela na escola, no convívio familiar, ou em outros ambientes que ela frequente. Nesse momento, ela pode estar lidando com situações hostis que se repetem com frequência em seu dia a dia, ou simplesmente podem estar reagindo a uma ocorrência eventual.
Dra. Renata alerta que no caso dos pesadelos serem constantes, é importante a opinião de um psicólogo. Mas já que não dá para contar com ele bem na hora que o seu filho acorda, vale aquela dica de acalmar a criança no quarto dela, conversar com ela sobre a razão do despertar e ter paciência.
Eu como mãe, digo que pesadelos e soninho agitado fazem parte dessa jornada incrível que é criar um ser humano. Tudo passa, pode acreditar!