Saúde mental e sono: saiba como equilibrar
Neste exato momento o mundo inteiro enfrenta graves desequilíbrios no sistema de saúde, de segurança e na política. A pandemia causada pelo COVID-19 não é a única responsável por alterações e prejuízos no sono. Com tantas situações acontecendo simultaneamente, é natural que você sinta um esgotamento mental e que a noite de sono seja bastante inquieta.
Mas, afinal, o que é saúde mental?
O conceito é vago mas engloba desde transtornos como dislexia, autismo, Síndrome de Down, depressão e demência senil até distúrbios psicológicos e comportamentais como ansiedade, insônia e estresse. Ansiedade e depressão são duas condições que causam dificuldade para dormir e pioram o quadro sintomático de quem já sofre com distúrbios do sono.
As desordens mentais citadas acima muitas vezes não reconhecidas como doenças pela família e por amigos, são um problema sério e cada vez mais comum. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), no Brasil, a insônia atinge 73 milhões de pessoas. Nosso país também tem o maior número de pessoas ansiosas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 9,3% da população é ansiosa. E não para por aí, novos dados mostram que 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental. Todos estes números são reflexo da realidade que estamos vivendo.
Para a maior parte da população, independente da idade e classe social, dormir 8 horas por dia é luxo. O pneumologista Maurício da Cunha Bagnato, integrante da Unidade de Medicina do Sono do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, afirmou em uma entrevista para o portal Drauzio Verella, que cerca de 30% a 40% dos indivíduos sofrerão insônia em alguma fase da vida.
Como melhorar a qualidade do sono
A pandemia causa incertezas sobre o futuro, os questionamentos levam à distúrbios do sono e ao desequilíbrio do corpo. Não é fácil, principalmente pelos danos causados pela nova realidade, mas manter o equilibro mental e físico é fundamental para amenizá-los.
>> Mantenha uma rotina: ter horário para acordar, se alimentar, praticar uma atividade relaxante e dormir faz com que o cérebro e o corpo se acostumem com os hábitos.
>> Mantenha a alimentação saudável: trabalhar em home office permite que você se alimente a qualquer horário. Mas, manter as refeições saudáveis e equilibradas é primordial para manter o cérebro ativo.
>> Cochile por tempo determinado: a ausência das obrigações com horários marcados pode fazer com que você sinta mais sono e tenha vontade de prolongar o breve cochilo. Mas, cuidado, ao passar muito tempo na cama você tende a procrastinar e não finalizar as atividades.
>> Tire o pijama e não trabalhe no quarto: manter a rotina, como se fosse sair para trabalhar, faz com que seu corpo entenda que o período de atividade se mantém.
>> Controle o volume de informações consumidas: para diminuir o estresse, crie horários para acessar as redes sociais e navegar por sites de uso pessoal.
>> Vá para cama apenas quando estiver com sono: evite deitar e ficar pensando nas atividades diárias, planejando as próprias ações e remoendo preocupações. Deite somente quando sentir sono e estiver pronto para dormir.
>> Faça uma automassagem nos ombros, pescoço, orelhas e rosto: o toque promove relaxamento muscular, torna a respiração mais lenta e acalma o sistema nervoso.
>> Ao deitar, se concentre na respiração: apoie as mãos acima do umbigo, inspire e expire fundo lentamente. Repita a ação cinco vezes, o movimento irá desacelerar o corpo e a mente, promovendo relaxamento.